sábado, 14 de junho de 2008

1968, o ano que não terminou - Zuenir Ventura


Através desse livro, Zuenir faz uma reconstituição do ano de 1968.Com destaque para os principais acontecimentos do ano: as passeatas, o assassinato do estudante Édson Luís, a Sexta-Feira Sangrenta, a Marcha dos 100 mil, o XXX Congresso da UNE em Ibiúna e a reunião que decidiu pela implantação do novo Ato Institucional.

Todos esses fatos são relatados por histórias de pessoas que, assim como Zuenir Ventura, participaram da revolução.Essa proximidade com aqueles que, hoje, vemos como heróis, é provavelmente, a razão do livro ser tão envolvente.

Embora, atualmente, consideremos o ano de 1968 um ano revolucionário em que todos estavam dispostos a fazer de tudo para mudar o Brasil, Zuenir nos mostra o quão errado é esse pensamento.Em seu livro, vemos claramente as contradições entre pais e filhos, entre os próprios jovens da época e entre os nascidos em uma geração anterior

A cada página lida, o leitor percebe que tudo o que ele imaginava saber sobre o que aconteceu em 1968 na verdade ainda era pouco.

Os fatos superam as expectativas de qualquer pessoa que não viveu aquela época.Que não participou daquela ação revolucionária.

E é em um enredo preciso e detalhado que o autor consegue fazer com que o leitor que não viveu aquela época sinta-se como se tivesse feito parte de um movimento tão intenso que mudou a maneira da socidade brasileira pensar e agir.

Mais do que uma história, a obra "1968- o ano que não terminou", é um romance que parte da realidade.Trata da luta de uma geração apaixonada que queria fazer uma revolução em todos ose sentidos.

Nas palavras de Luiz Garcia: "Para alguns será a visita a lugares antigos; para a grande maioria - os que ainda não tinham começado a viver, e os que estavam lá, mas de longe- será descoberta.

Útil em ambos os casos".

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