quinta-feira, 15 de maio de 2008

O preço de uma verdade


Título original: Shattered Glass (EUA)
Gênero: Drama
Tempo de duração: 93 minutos
Ano de lançamento: 2003

O filme conta a história real de um jornalista, Stephen Glass, em seus vinte e pucos anos de idade que ficou famoso pelos ótimos textos que escrevia para as revistas George, Harper's e Rolling Stones.E também por ter chegado ao cargo de editor associado da conceituada revista de política "The New Republic", a única a circular dentro do Air Force One ( o avião oficial do presidente dos EUA).
Infelizmente, parte de suas histórias eram inventadas e após publicar uma matéria intitulada "O Paraíso dos Hackers", sobre a vida de um garoto prodígio de treze anos de idade capaz de invadir o sistema de informações de uma grande empresa de softwares, Glass fora desmascarado por um respórter da "Forbes Digital", uma revista eletrônica.
Após o ocorrido, a carreira de Stephen Glass entrou em decadência.Uma investigação minuciosa das anotações de Glass revelaram que dos 41 textos publicados por ele, 27 foram total ou parcialmente inventados.
Em entrevista à Associated Press, Glass revelou: "Eu me detestava.Não me achava bom como jornalista , como filho, como irmão, como amigo, como namorado.Acho que enganei as pessoas para elas pensarem boas coisas de mim".
A situação complexa em que ele se colocou é mostrada no filme quando, mesmo depois dos primeiros indícios de fraude, ele tenta sustentar a existência de todas as pessoas e situações narradas em suas mentiras."Para cada mentira que eu contava, era necessário outra para sustentá-la.Assim, era um sobre a outra", dizia ele.
O enredo é simples e envolvente.A narrativa é ágil e por isso evita o desânimo de quem assiste.
Talvez esses dois detalhes sejam a razão do sucesso do filme.
Além disso, deixa ótimas reflexões sobre os valores éticos no jornalismo.Ótimo para aqueles que querem seguir a profissão, pois o filme é também uma análise da mesma e mostra o que acontece quando nossa confiança na profissão é colocada em dúvida.

Fonte: Jornalismo em cartaz - www.jornalismo.ufsc.br/jornalismo-em-cartaz

Sinceramente, tinha como ser diferente?Poxa Rebeca!


Rebeca é suspensa por dois anos
Federação Internacional de Natação pune a atleta brasileira pelo resultado positivo para testosterona em um exame realizado nos Jogos do Rio

Uma semana depois de ser liberada de um dos processos de doping, Rebeca Gusmão é suspensa por dois anos pela Federação Internacional de Natação pelo resultado positivo para testosterona em exame realizado durante o Pan do Rio (13 de julho). Em nota oficial, a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos disse que a Fina comunicou a suspensão da nadadora brasileira, a contar a partir do dia 2 de novembro de 2007. Com a decisão da Fina, Rebeca está fora dos Jogos Olímpicos de Pequim

Na última sexta-feira, a atleta recebeu o comunicado que a Corte Arbitral do Esporte (CAS), sediada em Lausanne, na Suíça, avaliou-se incapaz de julgar a apelação feita pela Fina sobre o caso de doping da nadadora Rebeca Gusmão durante o Troféu Maria Lenk de 2006, e não acatou a primeira apelação sobre o assunto. Em coletiva, Rebeca chegou a comemorar a vitória em um dos processos.

- Vou para Pequim, vou trazer essa medalha - disse a nadadora.

Além desses dois casos de doping, ainda há um outro processo em aberto contra a nadadora, na qual ela é suspeita pela fraude em exames realizados no Pan do Rio que apontaram dois DNAs diferentes.

>>>Matéria copiada do site: http://www.globo.com/

Ética e Responsabilidade no jornalismo


A informação conquistou forte espaço ao longo do tempo, chegando a se tornar o que alguns chamam de 4º. Poder.
Hoje, o que é escrito se torna opinião e,por fim, realidade.
Mas quais são as conseqüências dessa influência?
Em 1938, um rapaz de 23 anos chamado Orson Welles transformou o livro, “A Guerra dos Mundos”, de H.G Wells em notícia de rádio.A transmissão durou uma hora e toda a história parecia estar acontecendo em tempo real.Para dar mais veracidade, falsos boletins de notícias eram transmitidos durante os intervalos.
A transmissão causou pânico na população. Houve fugas e suicídios.
Welles só chegou a declarar que a falsa transmissão não foi inocente em 1955.
Casos como esse e o de Stephen Glass, jornalista americano que inventou 27 de suas 41 matérias para crescer na carreira, nos fazem pensar o quanto é possível acreditar nas notícias publicadas em jornais, revistas, televisão, rádio e internet.
É necessário ética e responsabilidade para escrever, e infelizmente alguns profissionais vêm esquecendo esses dois fatores.
Antes de publicar uma matéria, os responsáveis devem pensar nas conseqüências da história e na veracidade da mesma.Afinal, há outras pessoas envolvidas nessa e uma infinidade de leitores que acreditarão em cada palavra publicada.
Ao contrário do que a maior parte da população acredita, os jornalistas sérios passam por grandes dilemas antes de publicar uma matéria.De um lado está a função do jornalismo, que é informar tudo o que é de interesse público e do outro estão as conseqüências dessa história na carreira de um indivíduo, na única fonte de renda de outro e etc.
Houve um caso em uma cidadezinha da área metropolitana que um jornalista havia visitado uma olaria e apurado a exploração de crianças.Esses pequenos trabalhadores enfrentavam uma jornada de trabalho de mais de 10 horas diárias e ganhavam apenas 48 reais por mês.Infelizmente, o profissional havia constatado também que as crianças utilizavam o dinheiro para completar o salário dos pais e prover comida para a família.Além disso, as crianças possuíam alimentação na olaria.Não é em vão que os pais dessas crianças que procuravam o dono da olaria para empregar seus filhos.
O jornalista, comovido pela situação, ficou em dúvida quanto a publicação da história. Se ele a publicasse, a olaria provavelmente seria fechada e as crianças não mais poderiam ajudar a sua família e algumas não teriam mais o que comer. Mas se não publicasse, ele estaria se conformando e faltando com o dever de informar o que é de interesse público.
O editor desse jornal resolveu publicar. Tomou a decisão sem ao menos pensar nas conseqüências. Foi irresponsável, pois apenas levou em conta o lucro do jornal.
Essa situação ocorre diariamente, e é por isso que o mercado necessita de profissionais humanizados, que entendam o poder da informação sobre a população e as conseqüências de uma matéria publicada irresponsavelmente.

1968


1968 foi um ano marcante para todos. Suas ações políticas e comportamentais repercutiram no mundo todo, vindo a se tornar objeto de estudo para gerações futuras.
Durante uma entrevista ao sociólogo americano, Todd Glitlin, o repórter,da Rede Globo de televisão, tentou junto com ele estabelecer relações entre o ano de 1968 e 2008 e também o motivo de 1968 ter sido um ano tão importante e comentado.
Glitlin explicou que durante 1968, ocorria a polarização dos Estados Unidos, as lutas entre os partidos de Esquerda e os de Direita e ocorreu também o assassinato de Martin Luther King, pastor e ativista político negro.Todos esses fatores geraram uma erupção de confrontos.
Segundo Todd Glitlin, havia na época uma tendência de achar que todos os acontecimentos estavam conectados, talvez por esse motivo seja quase impossível explicar porque 1968 foi um ano decisivo na história mundial.
Nos Estados Unidos Nixon e os conservadores foram os vencedores complexos e contraditórios de 1968. Ainda assim, as posições liberais prevaleceram.
Em virtude de todos esses acontecimentos políticos, concluímos que 1968 foi um ano cheio de mistérios e rebeldia. Uma rebeldia que gerou a liberdade que temos atualmente, mesmo que por meios considerados radicais demais até para os dias de hoje.